sábado, 1 de outubro de 2016

RELACIONAMENTO DE AMIZADE



ESBOÇO 438
TEMA: RELACIONAMENTO DE AMIZADE
“Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce um irmão.” (Pv 17.17)
Somos criaturas sociais, inclusive, o próprio Deus declarou: “Não é bom que o homem esteja só”, ou seja, ele viu a necessidade da proliferação da raça, e assim formou uma comunidade social; por isso, o ser humano não foi criado para viver em conflitos; mas os interesses pessoais o levaram à subversão.
Os primeiros conflitos
Adão e Eva acusavam um ao outro de serem responsáveis pela desobediência (Gn 3.12,13), finalmente, os dois eram culpados porque ambos desobedeceram ao Senhor.  O homem é responsável pelos seus atos. Adão e Eva (eles) sofreram as consequências pelo que fizeram (Gn 3.14-24). O pecado gera pecado. Logo após houve uma tragédia com seus filhos Caim e Abel, (Gn 4.1-8), também recebeu a justa recompensa (Gn 4.11-15). Mais tarde, mais um problema familiar entre Abrão e Ló seu sobrinho (Gn 13.7). O pecado de Adão e Eva germinou, “assim também a morte passou a todos os homens...” (Rm 5.12), por isso toda humanidade geme (Gl 5.6,7), e, finalmente, de que se queixará o homem? (Lm 3.39).
População e relacionamento
Provavelmente a população mundial, atualmente, já passou dos 7 bilhões; essa número sempre está em crescimento, e na proporção que cresce aumentarão ainda mais os problemas. Hoje o maior desafio é o relacionamento nesse mundo abarrotado de pessoas. As relações interpessoais estão ficando cada vez mais difíceis pelas diferenças, existem pessoas que dizem: “Há que saudade dos tempos antigos! Quando sentávamos nas calçadas das nossas casas para prosar, tranquilos, sem que alguém nos incomodasse...” realmente, essa é uma verdade expressa por aqueles que vivenciaram aquela época. Na contemporaneidade a maioria das relações tem sido marcada por conflitos, ficamos tristes em ver os danos causados por essa agitação; o amor está em extinção por causa do aumento da ambição e maldade. Jesus, no seu sermão profético, ele disse que se aborrecerão uns aos outros sem causa (Mt 24.9-12). Essa é a realidade de hoje, ninguém suporta mais ninguém, o ódio entra em ação de imediato sem qualquer diálogo, se falarmos em perdão para muitas pessoas elas são capazes de perguntarem: o que é isso? Essa realidade foi também expressa por Paulo ao Jovem Timóteo: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos” (2 Tm 3.1,2). Trabalhosos porque querem servir a Deus da sua maneira e pensamentos (2 Tm 4.3) “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências”. Se continuarmos o restante do texto, veremos que a situação será muito pior daqui pra frente (2 Tm 3.3-13). “O ser humano é tão inteligente e não consegue se educar” (CLEMENTINO 2012).
A ambição pelas coisas
Há uma inversão de valores, as coisas estão ficando cada vez mais valiosas do que as pessoas; as buscas pelas coisas marcaram também a vida dos discípulos, eles discutiam entre si para saber quem seria o maior no reino do Céu (Mc 9:34; Lc 9:46). Não devemos ambicionar as coisas altas, de forma doentia (Rm 12.6). Devemos lutar pelos nossos ideais, sem, contudo, desvalorizar as pessoas, pois elas são mais importantes do que as coisas. O homem, em busca de poderes, fama e dinheiro, é capaz de tudo: humilhar, desprestigiar outrem e até tirar a vida como se ela nada valesse (Tg 4.1-3). O Apóstolo Paulo comentou várias vezes sobre a desunião na Igreja, e apelou pela paz. Em suas viagens missionárias houve muitos conflitos; na sua carta a Igreja de Corinto ele expressou o seu temor em visitá-la e encontrar “contenda, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos” e outras tensões interpessoais. Os crentes desordenados representam um conflito para a igreja (I Co 5.1-13).
Relacionamento por conveniência
As pessoas que se relacionam por conveniência não terão sustentabilidade nesse relacionamento, um dia ele é quebrado, porque é um relacionamento sustentado por interesses pessoais. Ninguém é perfeito, um dia, uma das partes ficará insatisfeita. O verdadeiro amigo, nos momentos mais difíceis torna-se mais do que um irmão (Pv 17.17; Jo 15.13).
            Devemos nos relacionar bem e sem conflitos; mesmo reconhecendo que vivemos no aglomerado de pessoas, deixemos de lado qualquer coisa que gere ações conflitantes. Jamais devemos atropelar os nossos semelhantes para conseguir algo que esteja em nossa mente, nem tão pouco nos relacionarmos por conveniência; a nossa amizade deve ser sincera e humilde dentro da igreja e fora dela, isso sirva de ornamento em nossas vidas.
Pr. Elis Clementino

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