ESBOÇO 430
TEMA: A FALSA SANTIDADE
“E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:” Lc 18.9-14.
Muitas
vezes somos enganados pela aparência; nem tudo o que se vê por fora de
um indivíduo corresponde com o que está dentro do seu coração. Nada há
mais enganoso do que o coração (Jr 17.9), é dele que resultam os
pensamentos maus (Mt 15.19; Mc 7.21), e ninguém sabe o que está dentro
dele, senão o SENHOR (Jr 17.10; I Sm 16.7; 2 Cr 28.9; Rm 8.27; Ap 2.23;
Jr 32.19; Rm 2.6). Jesus apresenta uma parábola envolvendo dois
personagens com atitudes diferentes o FARISEU e o PUBLICANO. O texto
mostra: “Dois homens subiram ao templo, a orar; um fariseu, e o outro
publicano.” (Lc 18.10) É grande a diferença entre a oração do fariseu e a
do publicano. Deixando-os de lado, quero comentar sobre a postura e o
conteúdo da oração de cada um.
A postura do fariseu na oração
A
única coisa capaz de revelar o que está dentro do coração do indivíduo
são as suas atitudes. Visualizando de forma simples, inicialmente, não
daria para notar se havia diferenças entre eles, pois eram apenas duas
pessoas que caminhavam para o templo. A postura e as atitudes é que
fizeram toda diferença. Nenhuma atitude orgulhosa no coração de uma
pessoa deixará de ser revelada, principalmente o orgulho religioso, pois
aquele fariseu na sua oração declarou ser mais justo que todos os
homens, e nessa altivez de espírito ele menosprezava e julgavam os
outros.
A
sua postura era totalmente incoerente em ralação à humildade, ele
põe-se em pé e pelas suas palavras revelara tudo o que estava dentro do
seu coração. As coisas ruins que o homem tem guardado no coração são
reveladas pelas atitudes e palavras (Lc 6.45). A sua oração foi recheada
de hipocrisia, dizendo: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como esse publicano;
jejuo duas vezes por semana e dou o dizimo de tudo quanto ganho.”
Parece que isso era o suficiente para impressionar a Deus, e certamente
mais alguém que estivesse presente (Lc 18.11,12).
“A
pessoa que pensa ser justa por seus próprios esforços não tem a
consciência da sua própria natureza pecaminosa, da sua indignidade e da
sua permanente necessidade da ajuda, misericórdia e graça de Deus.” B.E.Pentencostal.
A postura do publicano na oração
A
simplicidade chama a atenção de Deus, as escrituras provam isso, a
oração do publicano não impressionava ninguém, ela assoalhava que o seu
coração estava totalmente desprovido de todo orgulho; ao contrário do
fariseu, ele demonstrava ter a consciência da sua natureza pecaminosa e
mostrara que não era digno nem de olhar para o céu, batia no peito
expressando as seguintes palavras “Ó Deus, sê propício a mim pecador”
(Lc 18.13).
Os merecidos lauréis
O fariseu Justificou-se
a si mesmo, rejeitando toda gratuita justiça de Deus (Rm 3.20) e voltou
para sua casa totalmente justificado, talvez pensando que a sua oração
fosse de impressionar a Deus, e se gloriava da exposição daquelas
lindas palavras, que em nada agradaram a Deus (Lc 18.14). Deus não se
impressiona com ricos vocabulários. Paulo entendia essas verdades ao
pregar o evangelho, para que a fé dos crentes não se apoiasse em
sabedoria humana, e sim no poder de Deus (I Co 2.4).
O publicano foi
justificado por Deus através da sua humildade e fé, e não o fariseu,
pois todo que se exalta será humilhado; mas o que se humilhar será
exaltado (Lc 18.14).
As
nossas orações e atitudes devem ser feitas conscientemente, sem
exibições de santidade, porque Deus conhece os corações. Jamais tente
impressioná-lo. Aqui duas pessoas oravam com posturas diferentes, um
orgulhava-se dos seus atos, o outro se humilhava considerando-se apenas
um pecador.
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