sábado, 1 de outubro de 2016

O CRISTÃO E SEUS DEVERES


ESBOÇO 405
TEMA: O CRISTÃO E SEUS DEVERES
Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” Mc 12.17.

Introdução

Alguns fariseus e herodianos procuraram interrogar a Cristo sobre o tributo com a finalidade de o apanharem em contradição com a lei. Estes homens se fingiam serem justos, lisonjeando o Mestre antes de fazer a pergunta, mas sobre a questão Jesus respondeu com muita sabedoria.

2. Contexto histórico

O problema era o seguinte: O tributo pago a Roma, era pago com esse tipo de moeda, só que a inscrição se referia a César como divindade e como “Sumo Sacerdote”. Os césares eram adorados como deuses pelos pagãos, de maneira que a própria reivindicação de divindade era recusada pelos judeus e a imagem de Cesar na moeda era uma observação contínua da sujeição de Israel a Roma. Os judeus repudiavam qualquer tipo de idolatria sendo fiéis a Deus nos seus princípios, por essa razão odiava ter que pagar o tributo a Roma, porém se Jesus dissesse que eles deviam pagar o tributo a César seria chamado de traidor da nação e da sua religião, mas se ele dissesse que não deviam pagar, os líderes religiosos poderiam denunciá-lo a Roma como se fosse um inimigo de César. Diante dessa situação, a multidão aguardava ansiosa essa resposta.

1. Quem eram os fariseus e herodianos?
Os fariseus era um grupo de religiosos que se opunham à ocupação romana na palestina e eram contra os impostos por motivos religiosos.
Os herodianos eram um partido político que apoiava Herodes e as políticas instituídas por Roma, eles apoiavam a taxação por motivos políticos. Esses dois grupos tinham Jesus como inimigo comum.

2. Argumentos lisonjeadores

2.1. Os argumentos usados para ver se apanhavam Cristo em contradição foi o tributo, eles não foram direto ao assunto, talvez tentando amenizar uma possível repreensão áspera, ou a multidão, fingiram-se de justos (Lc 20.19,20), de maneira sutil e hipócrita dizendo: (Mc 12.14). a) Sabemos que és homem de verdade; b) Que não se importa com quem quer que seja; c) Não olhas para aparência dos homens; d) Ensinas com verdade os caminhos de Deus.

3. A pergunta

Após quase um sermão de elogios surge à pergunta: É licito pagar o tributo a César ou não? Pagaremos ou não pagaremos? Sabiam que seria mais uma estratégia com a finalidade de condená-lo. Jesus entende que se tratava de mais uma armadilha e disse: porque me experimentais? (Mc 12.15).

4. Resposta

Essa era apenas mais uma tentação entre as muitas que sofrera durante o seu ministério. “Trazei-me uma moeda, para que a veja” (Mc 12.15). “Disse-lhe: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam é de Cezar. Jesus responde: Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mc 12.17). Os cidadãos romanos tinham direito de pagar os seus impostos a César, porque traziam muitos benefícios ao império, César tinha todo direito de cobrar, era legal, mas não pelas suas almas. Os judeus tinham responsabilidade de dar a Deus o que lhe pertencia, muito embora vivendo no mundo romano com dupla realidade teriam que pagar o tributo enquanto estivessem na Judéia, mas Deus tinha os direitos sobre a eternidade e sobre as suas vidas e a parte que lhe pertencia deveria ser dada a Ele.

Considerações finais

Devemos pagar os nossos tributos para o crescimento do nosso país, pois é uma obrigação de todo cidadão, seja qual for à nacionalidade. O crente, em circunstâncias normais, deve pagar impostos e submeter-se à autoridade governamental (ver Rm 13.1-7), mas saber que a sua lealdade suprema pertence a Deus. Obedeçamos ao governo secular, a não ser quando este entra em conflito com os mandamentos de Deus. Nunca devemos deixar de obedecer ao mandamento de Jesus, de dar a César o que é de César. A nossa devoção a Deus é indispensável, mesmo em circunstâncias desagradáveis.
Pr. Elis Clementino

Nenhum comentário:

Postar um comentário