sábado, 1 de outubro de 2016

A ADORAÇÃO A DEUS NÃO TEM PREÇO



ESBOÇO 442
TEMA: A ADORAÇÃO A DEUS NÃO TEM PREÇO
“Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com perfume de bálsamo. (João 12.3).
Adoração é a maior expressão de gratidão que o ser humano pode oferecer ao seu criador. Adorar é um sacrifício que se oferece e nem sempre é bem visto por alguém. A verdadeira adoração ao Senhor movimenta um mundo espiritual que se manifesta fortemente para impedir que chegue a Deus. Quando as pessoas não conhecem o valor da adoração ao Senhor, são capazes de se oporem aos que se dispõem a adorar.
Uma mulher pecadora
Uma mulher conhecida como a Mulher Pecadora, sobre quem o contexto não fornece informações pormenores a seu respeito (Lc 7.39). Esse episódio aconteceu na casa de um fariseu. Embora sob os olhares curiosos, essa mulher teve a coragem de aproximar-se de Jesus, estando ele à mesa em um jantar; ela ajoelhou-se com um vaso de unguento na mão, e por detrás dele com lágrimas, ungiu-lhe os pés, e enxugava-os com os seus cabelos. Jesus sabia quem seria aquela mulher e certamente ela havia recebido perdão. Somente os corações contritos e agradecidos oferecem sacrifícios sem reservas, envolvendo, se necessário, até valores. A mulher lançava unguento sobre os pés de Jesus. Essa ação foi um ato de consideração pelo que o Senhor havia feito em sua vida (Lc 7.36-39).
A Mulher de Betânia
Outro fato parecido e importante foi narrado por Mateus, Marcos e João, (Mt 26.6-13; Mc 14.3-9; Jo 12.3-8). Jesus estava no povoado de Betânia, sentado à mesa, dessa vez foi em casa de Simão, o que era leproso. Lázaro e as suas irmãs estavam presentes. Naquele momento Maria, irmã de Lázaro e Marta, se aproxima de Jesus com um vaso de alabastro contendo um unguento muito caro, e com ele ungiu a cabeça do Senhor. Ao verem a ação daquela mulher, os discípulos radicalmente julgaram ser um grande desperdício, pois o valor daquele perfume era altíssimo e deveria ser vendido e distribuído com os pobres. Contudo,  aquela mulher estava oferecendo ao Mestre, em um ato de gratidão, tudo aquilo que estava dentro da sua alma. Talvez aquele momento tenha sido o mais conveniente, ela poderia não ter outra oportunidade de fazê-lo.
Tanto no episódio anterior registrado por Lucas, quanto nesse relatado por Mateus, Marcos e João houve pessoas que ficaram indignadas com aquelas atitudes; o fariseu pensava que Jesus não conhecia a mulher (Lc 7.39), em outro momento pensaram ser desperdício de dinheiro (Mt 26.8,9). Na realidade quando nos dispomos a oferecer o melhor para o Senhor, geralmente incomodamos muitas pessoas.
A adoração incomoda
Milcal, mulher de Davi, sentiu-se incomodada com a atitude dele no momento em que trazia a arca do Senhor para Jerusalém (II Sm 6.14-16,20-22).  Ela não era adoradora, e desconhecia que todos os seres no céu e na terra foram criados com essa finalidade. Os verdadeiros adoradores não medem circunstâncias para adorar. Davi quebrou o protocolo real por causa da adoração ao Senhor (2 Sm 6.21,22), ele sabia que esse ato era de valor inestimável e a arca representava a própria presença de Deus. Foi uma ação de um coração agradecido e um  profundo reconhecimento dos favores de Deus sobre a sua vida. Há várias maneiras de se adorar ao Senhor, e aquele que se dispõe a oferecer tal sacrifício, necessariamente, precisa saber que deve fazê-lo com um coração voluntário, em ação de graças, para que seja recebido por Deus. Um coração agradecido se dispõe a adorar, principalmente quando reflete os benefícios do Senhor em sua vida. Zaqueu, ao meditar sobre o que acabara de receber, levantou-se e disse: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”. Essa foi a mais forte expressão de contentamento, mas ao ouvir essa declaração Jesus disse: “Hoje, houve salvação nesta casa.” (Lc 19.8,9). Mediante estes exemplos bíblicos é interessante ressaltar que o valor de um coração agradecido não tem preço.
Como adorar ao SENHOR
Há muitas maneiras de adorarmos ao Senhor, entre elas o louvor e a adoração são as mais comuns e devem sair do mais profundo do ser, pois são um sacrifício oferecido a Ele. Algumas pessoas declaram ser adoradoras quando cantam, mas cantar, nem sempre significa adorar ao Senhor. Porém, há momentos que caímos a sós aos pés do Senhor com profundo sentimento de gratidão, enaltecendo o seu nome. Hoje nos deparamos com pessoas que se dizem adoradoras, mas que não têm nenhum compromisso com o SENHOR. Frequentemente nos deparamos com aqueles que são profissionais do canto, que cantam, e até conseguem encantar as pessoas com o seu canto, mas são descompromissados com a igreja; vivem como verdadeiros soldados sem quartéis, ovelhas sem pastor; são os últimos que chegam aos templos e apenas para cantar, não se envolvem com o culto a Deus, e estão totalmente alheios ao ato da verdadeira adoração e a um profundo sentimento de fé.
O sentimento de adoração vai muito mais além de um cantar, é envolver-se nos mistérios de Deus em espírito e em verdade, “Importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade(Jo 4.24) envolvendo espírito, alma e corpo, para dar ao Senhor o melhor, o “nardo puro” com alto teor em essência e o mais caro da época; é mais do que regar-lhe os pés com lágrimas, muito mais do que enxugá-los com os cabelos. Para o mestre não importava o que estava sobre a mesa, mas sim, a atitude daquela mulher, pois enxergava nela um real sentimento de adoração e agradecimento.
Devemos nos dirigir a Deus na condição de adorador, e não nos colocarmos na condição de adorados, como verdadeiros ídolos mundanos, atores ou qualquer outro personagem e até pregadores nos palcos exibindo os seus potenciais, se revestindo de glória humana. Adoremos ao Senhor com toda a nossa força e em santidade, porque tudo é dEle e para Ele; tenhamos uma vida compromissada com o louvor e a adoração a Deus. Adoremos ao Senhor com espírito, alma e corpo; consideremos uma adoração mais completa, e quando adoramos assim a nossa casa se enche de glória.
Pr. Elis Clementino – Itapissuma –PE/Brasil

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