ESBOÇO 428
TEMA: O OBREIRO E OS MALES DA INSENSATEZ
“Assim
como a mosca morta faz exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do
perfumador, assim é para o famoso em sabedoria e em honra um pouco
estultícia.” Eclesiastes 10.1
Uma
mosca, inseto que aos nossos olhos é insignificante para estragar o
trabalho do perfumista; entretanto, tem a capacidade de deteriorá-lo. A
lição é: um pouco de insensatez pode destruir os bons feitos de muitos
sábios. “O sujeito é tão inteligente, mas um pouco da sua insensatez desmereceu a sua inteligência”.
Muitas vezes os nossos planos são magníficos, mas um pouco da nossa
precipitação pode estragar todos eles. Comentaremos neste assunto sobre a
insensatez, prudência e as pequenas falhas que podem estragar grandes
projetos e trazer sérios transtornos.
A insensatez
1.
O insensato pela sua loucura constrói a sua casa sobre a areia, e com a
sua própria insanidade a derruba (Mt 7.26). A insensatez tem conduzido
muitas pessoas à desgraça, “Todo prudente age com conhecimento, mas o tolo espraia a sua loucura.” (Pv 13.16; 12.23; 15.2).
2.
A insensatez está cada vez mais habitual na vida de muitas pessoas,
principalmente naquelas que menos esperamos. Isso é visível em todos os
seguimentos da sociedade, inclusive no mundo cristão. A mosca morta
significa as nossas atitudes; sejam elas em palavras ou ações
irrefletidas no nosso cotidiano.
Os males
1.
O orgulho e a insensatez do rei Ezequias: Após a cura milagrosa
Ezequias recebeu uma embaixada do Rei de Babilônia (Merodaque - Baladã)
com presentes para ele, mas o orgulho e a insensatez levaram -no a
mostrar tudo o que havia em sua casa, inclusive os seus tesouros; isso
não pareceu bem aos olhos do Senhor. Por isso o rei foi repreendido
pelo profeta Isaías, que lhe declarou as consequências (2 Rs 20.12-18;
Pv 18.2).
“Basta um pouco de insensatez para desmerecer toda inteligência.” (CLEMENTINO)
2. Não valorizar as coisas importantes
O
rei Uzias não soube valorizar o seu reinado e nem a riqueza do seu
conhecimento. E quando isso acontece, o indivíduo termina sendo ofuscado
pela insensatez. “Todavia o homem que está em honra não permanece; antes é como os animais, que perecem. ... .” (Sl 49:12). Há obreiros insensatos que não sabem valorizar a sua chamada, por mais humilde que ela seja.
3. Autoritarismo
O
obreiro não se valha da sua autoridade eclesiástica para cometer
abusos, ou seja, maltratar seus conservos. O autoritarismo não deve
prevalecer no nosso ministério cristão, pois, vale salientar que há
prestação de contas dos nossos atos (Mt 24.45-51).
4. Desobediência
A
desobediência tem sido a principal causa de empecilho no
desenvolvimento ministerial de muitos que aspiram ser obreiros. Devemos
aprender a viver sob a autoridade espiritual. (I Sm 3.1-10); Elizeu
estava sob a autoridade espiritual de Elias (II Rs 2.1-18). Na escola
dos profetas os alunos estavam sob a proteção espiritual de Elizeu (II
Rs 6.1-7); Na igreja os obreiros devem estar sob a proteção espiritual
do seu Pastor (Hb 13.7, 17).
A
insensatez tem atropelado vários obreiros no inicio da sua carreira
ministerial, porque não souberam ficar debaixo da proteção espiritual do
seu líder (At 15.37,38). Entretanto, quem serve bem e permanece sob
essa proteção é considerado servo bom e fiel, sendo digno de confiança “Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.” (Mt 24.47)
Prudência
A
prudência é a virtude que nos faz prever os perigos, ela é o antídoto
da insensatez. Jesus mostrou aos discípulos o valor e a necessidade dela
(Mt 10.16). Os prudentes não edificam a casa sobre a areia, mas, sobre a
rocha. Prudência, “cautela, atenção e prevenção” são resultado de uma
mente sensata. (Mt 7.24,25). A mente sensata e sábia deve ser constante,
isso significa ponderarmos bem todas as nossas atitudes para termos uma
vida saudável (Pv 4.12); “todo prudente age com conhecimento.” Pv 13.16a). As escrituras estão cheias de exemplos extraordinários: A humildade de Mardoqueu, a imprudência de Hamã e a prudência de Ester.
Ora, Ester, ao tomar conhecimento da sentença real para destruir todos
os judeus, interveio em oração e jejum; e de forma sábia e perspicaz,
fez com que fosse vista pelo Rei que apontou o cetro para ela (Et 3. 9;
5.1-5; 8.3-11). O orgulho e a imprudência de Hamã o levaram a desgraça
(Et 8.7). O insensato cai na sua própria armadilha (Sl 57.6).
“O prudente vê o mal e se esconde, mas o simples prossegue e sofre a pena.” (Pv 22.3)
Necessitamos
ser cautelosos. Por falta dela muitos têm sido abarbadas nos seus
projetos, e sim, pessoas consideravelmente inteligentes. Os nossos
cuidados devem ser permanentes, pois uma pequena bobagem pode ser tão
danosa quanto uma mosca morta no unguento do perfumista, “Um pouco da sua insensatez faz desmerecer toda a inteligência que se tem”
(Ec 10.1). “A loucura é a causa de muitas desgraças”. Guardemos as
recomendações de Salomão (Pv 9.6; 21.20); Jesus diante dos escribas e
fariseus (Mt 23.17,19); Paulo considera os gálatas insensatos (Gl
3.1,3); (Ef 5.17) Devemos abandonar toda insensatez e seguir caminhos
que nos levem ao bom senso; (Tt 3.3). "A sensatez deve presidir todos os atos da vida do homem." (Carlos Bernardo González Pecotche). “Diz o insensato coração: Não há Deus.” (Sl 14.1). Isso te faz lembrar alguma coisa? Cuidado!
Nenhum comentário:
Postar um comentário