ESBOÇO 427
TEMA: PERDIDOS E ACHADOS
“Ou
qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a
candeia, e varre a casa, e busca diligentemente até a achar?” (Lc 15.8)
O
sentimento de perda pode deixar o indivíduo extremamente abalado,
depressivo e sem vontade de reaver o que se lhe escapou. Porém, alguns
reagem naturalmente e buscam recuperar os valores que se haviam perdido.
Dessa forma, o texto sobre a parábola da dracma perdida enfatiza a busca do perdido e a alegria do achado,
embora o assunto destaque o valor para Deus de um pecador que se
arrepende. Ponderarei nesse argumento a importância dos valores morais e
espirituais e como reavê-los ou superá-los.
Contexto histórico
As mulheres palestinas quando casavam recebiam dez dracmas como presente de casamento; ora, além do valor monetário, estas moedas tinham um valor sentimental,
equivalendo a um anel de ouro ou outra joia preciosa; e, se perdesse
uma delas certamente traria um profundo sentimento de avaria e isso
seria angustiante. A sua maior alegria era encontrá-la (Lc 15.9).
Para
Deus, nada é mais precioso no homem que a alma. Talvez você não tenha
pensado nisso “o seu valor” para o Senhor; por essa razão devemos
compartilhar o amor e a preocupação pelos perdidos. Nada é mais valioso
(Mc 8.36,37; Lc 12.15-21). Para Deus a redenção de uma alma é caríssima e
os recursos se esgotariam (Sl 49.8).
Perdendo valores morais e espirituais
Os valores morais
são preciosíssimos e não devem ser perdidos, mas, caso venha a perder
alguns, deve-se procurar imediatamente recuperá-los ou superá-los. Há
pessoas que perdem valores e deixam para trás, sequer se esforçam para
superá-los. Na parábola do Filho pródigo, o filho perdeu dois valores
extraordinários: pecou contra o “céu”, Deus, e contra seu pai
(Lc 15.21). Muitos, mediante uma perda de valores, correm atrás do
prejuízo, embora algumas sequelas perdurem por alguns anos, e até a vida
toda; mas com o achado a alegria será muito maior. “Há valores
perdidos que não se recuperam, apenas supera-se a perda”. Davi perdeu os
valores mais respeitáveis da vida, foram eles: (1) espirituais; (2)
morais; (3) familiares (4) sociais (2 Sm 12.7-14). Embora perdoado,
sofreu as consequências que continuaram enquanto viveu (2 Sm 12.10).
Os valores morais e espirituais,
perdidos dentro de casa, devem ser achados dentro da própria casa;
muitas vezes perdem-se os valores dentro de casa e são procurados em
outro lugar (Lc 15.8,9; Lc 15. 21,24); mas todo homem sabe onde os
perdeu (2 Rs 6.6). Mesmo que o indivíduo oculte valores espirituais
perdidos, ele certamente sofrerá intimamente, além de saber que perante
Deus nada está encoberto (Sl 32.3-5; 51.3,4; Hb 4.13). A perda deles
representa um prejuízo maior do que qualquer outro. Muitas vezes estamos
perdendo valores espirituais sutilmente e não nos damos conta (Jz
16.20), e quando acordamos para a realidade estamos espiritualmente
falidos, e a recuperação será com muito esforço, jejuns e orações, além
de lutarmos contra os nossos próprios sentimentos. Ter uma vida de
renúncia é imprescindível para recuperar as perdas espirituais, bem como
o estímulo para continuarmos firmes na presença do Senhor.
Os valores morais e espirituais de um ser humano não têm preço, nada o
substitui, e manter esses valores é fundamental para todo o sucesso.
Nada há mais precioso do que a reputação moral e espiritual; “mais digno
de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas; e a graça é
melhor do que as riquezas e o ouro.” (Pv 22.1). Não obstante devemos
mantê-los, mas se por acaso houver qualquer quebra desses valores,
devemos imediatamente procurar reavê-los ou superá-los.
As nossas atitudes dizem muito sobre os nossos valores morais e espirituais CLEMENTINO ELIS; Meditação: (Fp 4.8,9)
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