A cada dia o trânsito em São Paulo exerce o seu poder de opressão sobre os motoristas da cidade. São médicos, advogados, jornalistas, profissionais liberais, profissionais do trânsito. Enfim, tantos que perdem grande parte do que poderia ser qualidade de vida literalmente presos em seus próprios carros.
Há tempos vi uma matéria onde se
propunha a concepção do automóvel como extensão da casa do seu
proprietário, dadas as atitudes de cada um quando a sós nos seus
veículos.
Acho difícil, aliás muito difícil.
Ninguém passa duas horas na marginal Pinheiros andando de primeira e
segunda, (ou só de primeira para os automáticos...) feliz e contente por
não fazer o mesmo percurso no tempo convencional que seria de 30
minutos!
Precisamos de soluções imediatas para
São Paulo, e não paisagísticas. Não adianta pintar as guias, a não ser
que seja para contar "carneirinhos" parado no trânsito. Também não
adianta tomar uma atitude drástica, de última hora, como foi o caso da
construção das marginais. Gente! São Paulo travou. Não é possível
conceber atravessar a cidade mais rápido de bicicleta do que com o seu
carro.
Quando será que veremos alguém tomar uma
providência eficaz, investindo em transporte público, controle de
trânsito e estratégias de redistribuição comercial?
Estamos às vésperas da Copa do Mundo e
seremos a sede de um dos maiores eventos do planeta. Em todos os outros
países onde se realizou uma copa a preocupação com a mobilidade foi
sempre um fator de grande importância. Já para nós aqui em terras
tupiniquins o que se viu foi recapeamento de vias, uma ou outra obra no
entorno do "Itaquerão" entre as quais algumas não ficarão prontas e só.
Nada de mobilidade, nada de melhorias nem tão pouco respeito ao cidadão
que paga os seus impostos.
Lamentável morar em um País onde se pode
fazer quase tudo graças aos recursos naturais disponíveis e nada se
faz. Lamentável estar sediado em torno e um governo preocupado consigo
mesmo e não com o povo. Lamentável ter que dispensar tempo em criticar
quando na realidade o nosso maior desejo seria elogiar.
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