O
Verbo que criou o mundo fez-se carne e veio morar entre os homens. Possui duas
naturezas distintas.
Depois
de afirmar a perfeita divindade de Jesus, o Verbo de Deus (Jo 1.1), o apóstolo
João assevera sua perfeita humanidade (Jo 1.14). Jesus é tanto Deus como Homem.
É perfeitamente Deus e perfeitamente Homem.
O
Verbo que criou o mundo fez-se carne e veio morar entre os homens. Possui duas
naturezas distintas. É Deus de Deus, luz de luz, co igual, co eterno e
consubstancial com o Pai e ao mesmo tempo é verdadeiramente Homem. Três
verdades devem ser destacadas acerca da encarnação do Verbo.
EM PRIMEIRO
LUGAR, O VERBO ASSUMIU A NATUREZA HUMANA.
“E o Verbo se fez carne
e habitou entre nós…” (Jo
1.14a). O Verbo se fez tem aqui um sentido muito especial. Não é um “se fez” ou
“se tornou”, no sentido de ter cessado de ser o que era antes.
Quando
a mulher de Ló se tornou uma estátua de sal, ela deixou de ser a esposa dele.
Mas, quando Ló se tornou pai de Moabe e Amom, ele permaneceu sendo Ló. Esse é,
também o caso aqui. O Verbo se fez carne, mas permaneceu sendo o Verbo de Deus
(Jo 1.1,18).
A
segunda Pessoa da Trindade assume a natureza humana sem deixar de lado a
natureza divina. Nele as duas naturezas, divino humana estão presentes
inconfundivelmente, imutavelmente, indivisivelmente e inseparavelmente.
O
fato do Filho de Deus ter se esvaziado e assumido a forma humana é
irreversível. Deus, o Filho, sem cessar por um momento de ser divino, uniu-se a
à plenitude da natureza humana e se tornou uma autêntica pessoa humana, exceto
no pecado. Vemos, portanto, a presença de Deus entre os homens.
O
Verbo eterno, pessoal, divino, auto-existente e criador esvaziou-se de sua
glória, desceu até nós e vestiu pele humana. “A carne de Jesus Cristo tornou-se
a nova localização da presença de Deus na terra. Jesus substituiu o antigo tabernáculo.
Fez-se um de nós, tudo semelhante a nós, exceto no pecado. Eis aqui o grande
mistério da encarnação!
EM SEGUNDO
LUGAR, O VERBO TROUXE SALVAÇÃO PARA A RAÇA HUMANA.
“… cheio de graça e de
verdade…” (Jo
1.14b). Jesus manifestou-se cheio de graça e de verdade. Esses dois grandes
conceitos, graça e verdade, não podem estar separados. Em Cristo eles estão em
plena harmonia.
Graça
é um dom completamente imerecido. Algo que jamais poderíamos ter alcançado por
nosso próprio esforço. O fato de Jesus ter vindo ao mundo para morrer na cruz
pelos pecadores está para além de qualquer merecimento humano. Isso é graça.
Jesus é também a Verdade. Nele se cumpriram todas as profecias. Dele falaram os
patriarcas e profetas. Para ele apontavam todos os sacrifícios e festas. Ele é
a essência do culto e a plena revelação divina. Nele estão escondidos todos os
tesouros da sabedoria.
EM TERCEIRO
LUGAR, O VERBO VEIO REVELAR A GLÓRIA DO PAI.
“… e vimos a sua
glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14c). Em Jesus vemos
a glória de Deus sobre os homens. Jesus é a exata expressão do ser de Deus.
Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele é a plenitude
daquele que a tudo enche em todas as coisas. Ele é semelhante ao Pai. Tem a
mesma substância. Os mesmos atributos. Realiza as mesmas obras.
Jesus
é a exegese de Deus. Quem vê a ele, vê o Pai, pois ele e o Pai são um. A glória
vista no Verbo encarnado foi a mesma glória revelada a Moisés quando o nome de
Javé soou em seus ouvidos; porém, agora, esta glória foi manifestada na terra
em uma vida humana. Ele veio cheio de graça e de verdade. Ele veio para trazer
a glória plena de Deus entre os homens.
Distinto
do Pai, mas da mesma natureza do Pai, veio para nos revelar o Pai, em toda a
sua glória e majestade e nos conduzir de volta aos braços do Pai. Este é o
glorioso mistério da encarnação!
Rev.
Hernandes Dias Lopes
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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