sexta-feira, 17 de julho de 2020

A DOUTRINA DA LIBERDADE


(Gálatas 3 – 4) Paulo repreende os gálatas por terem-se afastado da verdade da justificação pela fé e diz-lhes que a experiência espiritual deles não tinha nenhuma conexão com a sua observação da Lei (3.1-5). Ele apresenta então o argumento de que a justificação é pela fé, sem as obras da Lei (3.6 – 4.7). Os seus pontos principais são os seguintes: 
1. MESMO ABRAÃO, O AMIGO DE DEUS, NÃO FOI JUSTIFICADO POR SUAS OBRAS, MAS, SIM, PELA FÉ (v.6), de sorte que, quem observa a Lei de Moisés, não é filho de Abraão (compare com Mateus 3.9), mas, aquele que é justificado pela fé (v.7) 
2. O PACTO QUE DEUS FEZ COM ABRAÃO FOI UM PACTO DE FÉ (vv.8,9). Isto não tem nada com o pacto de Moisés, que era um pacto de obras (v.10).
O pacto de Abraão foi feito primeiro, mas a Lei, com a sua maldição, foi acrescentada depois, e assim, vedou o caminho pelo qual a bênção de Abraão viria ao mundo. Mas Cristo, por sua morte, removeu a maldição da Lei (v.3), para que a bênção de Abraão viesse sobre os gentios bem como sobre os judeus (v. 14). 
3. PAULO EXPLICA EM SEGUIDA A RELAÇÃO ENTRE OS PACTOS DE ABRAÃO E DE MOISÉS (3.15-18).
Se a bênção de Abraão tivesse de vir pelas obras da Lei [cumprimento das exigências da Lei], então a recepção dessa bênção seria condicional à guarda da Lei, mas o pacto com Abraão é incondicional (v. 18). A inferência do versículo 18 é que, se a bênção de Abraão tiver de vir ao mundo pela observância da Lei, esta bênção nunca virá, porque ninguém poderá ser justificado pela Lei. 
4. PAULO AGORA EXPLICA TAMBÉM O PROPÓSITO DA LEI E A SUA RELAÇÃO COM O CRENTE (3.19 – 4.7).
Os argumentos anteriores de Paulo causam a seguinte pergunta aos judeus: se a Lei não pode salvar, por que foi dada ao homem? (v.19). O pacto com Abraão prometia a salvação pela fé sem as obras da Lei. Mas como podia Deus ensinar ao homem que a salvação viria unicamente pela fé, sem qualquer esforço da sua parte? Somente por colocá-lo sob a Lei e mostrar-lhe que a sua natureza pecaminosa não podia guardar perfeitamente os seus preceitos, fazendo-o desta maneira recorrer à fé como meio de salvação (v. 19).
A Lei não está em oposição ao pacto de Abraão, porque nunca teve por finalidade salvar o homem (v. 21); foi dada para mostrar ao homem a sua necessidade da salvação pela fé (vv. 22, 23). Paulo roga-lhes que voltem para a plena liberdade do evangelho (4.8-31). 
A Vida de Liberdade (caps. 5 e 6)
Podemos resumir esta seção com as seguintes exortações:
1. Permanecei firmes na liberdade da graça, porque a Lei não vos pode salvar (5.1-6). 
2. Afastai-vos dos falsos mestres que perverteram o evangelho e vos fizeram escravos do legalismo (5.7-12). 
3. Embora estejais livres da Lei de Moisés, não estais livres para pecar. Andai no amor e assim cumprireis a Lei (5.13, 14). 
4. Sereis tentados, contudo, pela natureza carnal, mas obedecei aos impulsos do Espírito e sereis vitoriosos (5.16-26).
5. Levai as cargas uns dos outros e sede pacientes com os que cometem faltas (6.1-5).
6. Ajudai aos vossos pastores e assim recebereis a bênção divina (6.6-10).
7. Conclusão (6.11-18). Cuidado com os judaizantes. Sei muito bem que desejam ganhar-vos simplesmente para obter uma reputação de zelo. Gloriai-vos somente na cruz, na qual unicamente há salvação. 
(Do Livro “Através da Bíblia, Livro por Livro”, de Myer Pearlman, Vida, 1977. Tradução de Lawrence Olson, páginas 271/272). 
Transcrito por: Pr. Airton Evangelista da Costa
Por Litrazini
Graça e Paz

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