sexta-feira, 17 de julho de 2020

SEM A PRESENÇA DE DEUS, NÃO DÁ


Moisés, diante das muitas experiências que tivera com Deus, sabia o quão importante era ter sua presença nessa caminhada.
Dado ao grande número de erros que o povo de Israel, recém-liberto da escravidão do Egito, vinha cometendo no caminho rumo à Terra Prometida, Deus, no capítulo 34 de Êxodo, diz a Moisés que ao invés de continuar a caminhada com eles, mandaria em seu lugar um de seus anjos para guia-los e dar-lhes vitória sobre seus inimigos, pois é Deus fiel para cumprir com a promessa que havia feito aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
Moisés, ao ouvir essa afirmativa da parte de Deus, começa a interceder para que o Senhor não se ausentasse do meio deles. Ele chega a radicalizar quando disse: “Sem tua presença não sairemos daqui”. Moisés, diante das muitas experiências que tivera com Deus, sabia o quão importante era ter sua presença nessa caminhada.
Mas, afinal de contas, o que o povo queria não era chegar e possuir a Terra Prometida, e isso Deus havia garantido que faria por meio de seu anjo, então, por que a presença dEle era indispensável?
A presença de Deus era indispensável na caminhada e na conquista, não porque elas corriam risco de não acontecer dada a ausência de dEle, mas porque a presença de Deus lhe daria mais do que a conquista da terra e bem-sucessão numa caminhada de perigos, a presença de Deus era a demonstração real, segundo o que cria Moisés, da Graça que concedia favores sem que houvesse motivos para eles (Ex 34.12–13).
Com a presença de Deus e a manifestação de Sua graça, Moisés sabia que poderia ter conquistas infinitamente maiores que as materiais. Por meio da graça, Deus lhes poderia mostrar o caminho que deveriam seguir para agradá-lo. Foi por meio dessa mesma graça que Moisés conseguiu ver o próprio Deus.
Não diferente da época retratada acima, existem poucas pessoas que valorizam a presença de Deus hoje em dia. O único que ansiava por ela, como visto no texto, foi Moisés. E ele intercedeu por isso. Esse povo que almejava somente a conquista, mais tarde precisou morrer para dar lugar a uma nova geração, porque eles não conseguiram transcender o natural e crer no sobrenatural, por mais que ele se manifestasse a eles todos os dias. Eles creram no relatório amedrontado dos espias, mas não conseguiram crer que o Senhor lhes daria vitória sobre as nações que habitavam a Terra Prometida.
Quando fazemos a opção de viver somente assimilando o natural e crendo através das possibilidades humanas de que as coisas de Deus podem ou não acontecer em nossas vidas, com toda certeza, morrermos no “deserto” sem que alcancemos uma promessa se quer. Precisamos viver o natural, mas saber que Deus, de maneira sobrenatural, pode fazer acontecer muitas coisas em nossas vidas.
Foi através de Abrão e Sara, uma mulher estéril, que Deus começou a constituir a Nação de Israel. Sara chegou a rir quando o Anjo do Senhor disse a Abrão, quando o casal já estava idoso, que ela teria um filho. E foi o que aconteceu.
Com Deus não inexiste possibilidades de cumprimento de suas promessas, por mais que elas pareçam absurdas do ponto de vista da lógica, a não ser que resolvamos nos ater e crer somente de maneira natural.
O natural é superado quando passamos a valorizar a presença sobrenatural de Deus e o enxergamos não somente pelos feitos, mas por aquilo que ele é. Israel viu a Deus somente pelos seus feitos, o que não pode provocar efeitos de fé, mas de insatisfação quando as cosias não ocorriam como eles queriam.
Devemos buscar experiências diretamente com Deus e não com seus feitos. Moisés buscou isso e obteve. Ele viu a Deus. O povo não viu a Deus, senão seus feitos: viram Faraó ser derrotado, o Mar Vermelho se abrir, comeram Maná, viam a Coluna de Fogo que os clareava durante a noite, viram água sair da rocha…
Não busque ou se contente com a intervenção do sobrenatural em sua vida, busque a presença de Deus, pois é ela que traz a graça que nos faz ir além das possibilidades, porque por é por meio dela que nós, meros seres errantes, conseguimos ter e obter mais do que ou simplesmente o que não merecemos
Fernando Pereira
Por Litrazini
Graça e Paz

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