“… porque tu és pó e ao
pó tornarás” (Gn
3.19).
Pó
é o que fomos, o que somos e o que seremos. Deus criou o homem do pó da terra e
sentenciou-o a voltar ao pó. O homem não é o que é, mas o que foi e o que há de
ser. Só Deus pode dizer: “Eu sou o que
sou”. Porque o homem foi pó e voltará ao pó, então é pó.
Deus
fez o homem do pó e soprou em suas narinas o fôlego da vida. O homem é pó
levantado na vida e pó caído na morte. Quando o vento sopra, o pó se levanta.
Quando o vento cessa, o pó cai. Cai em casa, no hospital, na rua. Pó levantado
na vida. Pó caído na morte. Mas sempre pó.
Não
é difícil entender o pó que fomos, pois Deus fez o homem do pó da terra. Não é
difícil entender o pó que seremos, pois basta visitar uma tumba e ler as letras
grafadas na lápide fria: “Aqui jaz”. Para que não haja qualquer espaço de
vaidade em nosso coração, a Escritura diz que Deus conhece a nossa estrutura e
sabe que somos pó. Vejamos esses três aspectos da realidade humana.
EM PRIMEIRO
LUGAR, O PÓ QUE FOMOS. O homem é terreno. Foi feito do pó da terra. Sua origem é
daqui de baixo. Antes de recebermos o sopro divino éramos apenas pó inerte e
sem forma. Sem o sopro de Deus, somos pó caído. Quando sopra o vento, então
somos pó levantado. Mas, quando o sopro divino se vai, voltamos a ser pó caído.
Pó levantado na vida; pó caído na morte. Quando a morte acontece? A morte
acontece quando a alma se separa do corpo. Então, o corpo que que foi feito do
pó, volta ao pó.
EM SEGUNDO
LUGAR, O PÓ QUE SOMOS. Se o homem veio do pó e voltará ao pó, então é pó. Nosso
breve percurso entre o berço e a sepultura é um traço entre pó e pó. Porque o
homem não é o que é, mas o que foi e o que há de ser; porque o homem veio do pó
e voltará ao pó, então é pó. Pó no começo da vida, pó durante a vida e pó no
final da vida. Pó levantado na vida; pó caído na morte.
Para
que não haja qualquer altivez no coração do homem, Deus o sentencia: “Tu és pó”. Mas como entender o pó que
somos? Como compreender o pó que anda, que corre, que chora, que ri? Esse é o
pó levantado na vida. Feito do pó, recebemos vida, o sopro divino. Então
nascemos, crescemos, amadurecemos e morremos. Nesse breve ou longo percurso,
sempre pó.
Por
que, então, tantas diferenças entre os homens? Por que tantos preconceitos e
tantas vaidades? Viemos todos do pó. Voltaremos todos ao pó. Somos todos pó. O
pó não tem vida em si mesmo. Ele não pode dar vida a si mesmo.
Porque
somos pó, somos totalmente dependentes de Deus. Se ele cortar nosso oxigênio,
caímos e viramos pó. Oh, mas Deus soprou nas narinas do homem o fôlego da vida
e ele passou a ser alma vivente. Então foi concebido, gestado, nascido,
crescido. Então viveu, cresceu, trabalhou e fez notório o seu nome.
Oh,
o pó levantado na vida, foi criado à imagem e semelhança de Deus, o criador.
Por isso, pode relacionar-se com ele, conhecê-lo, amá-lo e glorificá-lo. Quando
o corpo feito do pó voltar ao pó, então, a alma voltará para Deus.
EM TERCEIRO
LUGAR, O QUE PÓ QUE SEREMOS. A sentença divina ao pecador foi: “Tu és pó e ao pó tornarás”. Porque o salário do pecado é a morte, a
morte passou por todos os homens, porque todos pecaram. O pó levantado na
vida, torna-se pó caído na morte. Na sepultura, todos viram pó, sem os adereços
da vaidade. O pó caído, entretanto, não é nossa realidade final.
A
sepultura não é nosso último endereço. Quando Jesus voltar em seu poder e
glória, nosso corpo mortal, corruptível, fraco e cheio de desonra, ressuscitará
incorruptível, poderoso, glorioso, espiritual e celestial, semelhante ao corpo
da glória do Senhor Jesus!
Hernandes
Dias Lopes
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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