Balaão,
o profeta mercenário do Velho Testamento, que tentou amaldiçoar o povo de Deus
para tirar proveito financeiro, é apontado pelos apóstolos Pedro e Judas por
seu caminho e erro. Como um homem pode apostatar de sua fé, depois de gozar dos
privilégios de um profeta do Senhor num dos ministérios mais importantes na
história do povo de Deus?
Não
fosse sua atitude mesquinha, é muito provável que tivesse feito parte da
galeria dos heróis da fé de Hebreus 11, como Jó, Noé, José e outros, mas sua
ganância pelo ilícito foi mais forte. Hoje ele é lembrado como alguém que não
se deve imitar. É comparado a nuvens sem água, árvores murchas, estrelas
errantes (Jd. 10-13).
Balaão
foi contemporâneo de Moisés, e aparece na Bíblia quando o povo de Israel,
preparando-se para entrar em Canaã, solicitava licença para passar por dentro
das terras moabitas. Foi aí que Balaque, rei de Moabe, conseguiu convencer o
velho interesseiro a colocar impedimentos na caminhada do povo de Deus.
O
profeta aconselhou os moabitas a não usarem da violência, pois outros povos
maiores já haviam sido derrotados diante de Israel. Sua estratégia foi fazer
com que os israelitas se afastassem de seu Deus, seduzindo-os à sensualidade
(Nm. 25.1-2).
O
velho profeta estava enganado concernente a si mesmo, porque se deixou trair por
seu próprio coração. Pensava que fazer orações bonitas, com argumentações de
forma poética, oferecer sacrifícios e holocaustos, e proferir eloquentes
profecias, era o bastante para agradar a Deus. Balaão era homem dobre em seus
pensamentos e presunçoso em extremo. Por isso Pedro afirma que ele amou o
prêmio da injustiça (2Pe. 2.15).
A
avareza era seu pecado predominante. O alvo do seu amor era o dinheiro. Um mal
que vem acompanhado de vários outros mencionados por Pedro (2Pe. 2.12-15). Bem
falou Paulo que “os que querem ser
ricos caem em tentação, e em laço e em muitas concupiscências loucas e nocivas…
o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé” (1Tm. 6.9-10).
Balaão
também estava enganado em relação a Deus. Imaginava que Ele se agradaria de
sacrifícios e que com os mesmos poderia ser persuadido a mudar sua Palavra.
Orou a noite toda sobre a mesma causa, na tentativa de persuadir o Senhor.
Samuel
também passou por situação semelhante, quando suplicava em favor de Saul, após
o Senhor decidir que ele não seria mais rei sobre Israel. Samuel foi até
repreendido pelo Senhor para não mais suplicar por Saul. “Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado?” (1Sm.
16.1). O caminho nesse caso não era a oração, mas a obediência.
Enganamo-nos
a nós mesmos quando nos esforçamos para mudar a rota divina. Ela é imutável.
Balaão pensou que pudesse manipular a Deus como um artista manipula um
fantoche.
O
obreiro que deseja ter um ministério bem-sucedido deve se afastar do caminho de
Balaão. Ele não serve para o crente.
Pr.
José Wellington Bezerra da Costa
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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